Para celebrar os 78 anos de Maringá, sete filmes locais serão exibidos no Maringá CineFest, a primeira mostra dedicada ao cinema produzido por cineastas da cidade. O evento acontecerá em maio e terá curadoria de TH Fernandes.
23/05/2025 (SEX) até 25/05/2025 (DOM)
28/05/2025 (QUA)
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Espaço Solagasta
As produções abordam temas como realismo fantástico, documentários e dramas que valorizam a diversidade. O evento ocorrerá durante o mês de maio, e os filmes, feitos por profissionais locais, destacam a potência criativa do interior do Paraná e o crescimento da cena audiovisual na região. Além das sessões de cinema, a mostra contará com uma exposição do artista Jorge Pedro Barbosa Lemes, uma feira com itens vintage, facas e machados artesanais, sebo e brechó. O Bar do Solagasta oferecerá chope, vinhos, queijos, água, pão de queijo e Crockant Pipocas Gourmet. A Blache Filmes também marcará presença e venderá camisetas da produtora.
PROGRAMAÇÃO
Filme: Saruê da Operária
Sinopse: Um personagem da Vila Operária — metade lenda, metade memória — ganha vida neste documentário que reconstrói sua história através de entrevistas com antigos moradores e arquivos históricos. Saruê, o “Robin Hood da periferia”, é símbolo de resistência e imaginário popular.
Filme: No Silêncio do Teu Olhar
Sinopse: Um curta-metragem emocionante e delicado sobre as descobertas na adolescência. A trama se desenrola em torno de Rafa, um adolescente surdo, e Davi, o vocalista de uma banda escolar. Ambos no auge de suas descobertas juvenis encontram no outro um mundo novo e desafiador.
Filme: Fabulosas: Operação Aranha
Sinopse: Numa cidade fria e gélida, a jornalista travesti Leôncia investiga o assassinato de uma amiga e mergulha em uma rede de afetos, segredos e poderes sobrenaturais. Misturando elementos do noir com o realismo mágico, o curta propõe uma justiça que transcende as leis terrenas.
Filme: Amiga da Solidão - Um filme de Leffs
Sinopse: Com narrativa cíclica e cheia de simbolismos, Amiga da Solidão apresenta o tema da solidão travesti. Surrealismo, performances e coreografias, o filme passa por fases de encantamento, dor e cura, atravessadas por transfobia e irresponsabilidade afetiva. A espiritualidade marginal e música são forças motrizes da obra que constrói um universo poético em que a solidão é a ferida e caminho de redenção.
Filme: O Singelo Casulo do Tempo
Sinopse: No ritmo sutil de uma câmera pinhole improvisada com uma lata de sardinha, "O Singelo Casulo do Tempo" acompanha Cibele em um fim de semana onde o cotidiano se entrelaça com reflexões sobre o tempo e o ato de fotografar. Entre o café coado, pedaladas pela cidade, conversas no bar e o giro acelerado de seu carro, ela carrega sua câmera artesanal, capturando instantes que questionam o "certo" e o efêmero. No silêncio do banheiro, revelando o filme, Cibele encontra imagens que não buscam respostas, mas celebram o presente com delicadeza. Um curta que, como um casulo, guarda a beleza da espera e da transformação.
Filme: Nos Degrais das Catedrais
Sinopse: Um advogado, afogado na correria do cotidiano, ajuda um homem deficiente visual a atravessar uma avenida movimentada, na cidade de Maringá. Juntos, eles compartilham histórias e memórias sobre a imponente Catedral Nossa Senhora da Glória, mergulhando em suas lembranças e em como o monumento fez e ainda faz parte de suas vidas.
Filme: Maria do Ingá
Sinopse: Inspirado na canção “Maringá”, de Joubert de Carvalho — um hino afetivo e identitário da cidade — o filme Maria do Ingá mergulha nas origens míticas, históricas e poéticas do município paranaense. Conduzido pela memória fantástica da bisavó Tuca, emoldurada por cenários oníricos e fabulações encantadas, o longa entrelaça a saga dos nordestinos que desbravaram a região nos tempos da Companhia de Terras Norte do Paraná com as lendas sobre o nome “Maringá” e sua conexão emocional com a música que lhe deu vida. Um retrato sensível e mágico da formação de uma cidade, onde realidade e imaginação se fundem para celebrar a força das narrativas na construção da identidade de um povo.