O projeto "Convite ao Cinema" faz parte da programação do ‘Convite às Artes’. A exibição programada é do filme "Chime", de 2024.
12/07/2025 (SAB)
20h
CAC - Centro de Ação Cultural Márcia Costa - Auditório Joubert de Carvalho
Av. XV de Novembro, 514 - Zona 01, Maringá - PR, 87013-230
Gratuito
18 anos
Secretaria de Cultura de Maringá
Filme: Chime
Japão/2024 - 44 min.
Direção: Kiyoshi Kurosawa
Elenco: Matsuo Yoshioka, Seiichi Kohinata, Hana Amano, Junpei Yasui, Kôji Seki e Giiko
Realização: Secretaria de Cultura de Maringá
Curadoria e Coordenação: Paulo Campagnolo
Confira uma resenha do filme Chime, por Paulo Campagnolo:
Famoso por alguns dos filmes mais assustadores do cinema (como o enervante PULSE, de 2001 — além de LOFT, RETRIBUIÇÃO e CREEPY), mas também capaz de dramas intensos (como FUTURO BRILHANTE e o maravilhoso TOKYO SONATA), o diretor japonês Kiyoshi Kurosawa sempre partiu da crença de que um mal-estar insondável transita logo abaixo da vida cotidiana.
Sua arte reside tanto no poder da sugestão quanto na violência, expressa de forma inesperada. CHIME, seu média-metragem que faz parte do Festival de Berlim em 2024, abraça tanto a sutileza quanto o insondável – de tal forma que a violência acaba sendo um motivo de questionamentos que se lançam para muito além do próprio gesto.
O filme acompanha Matsuoka, que é professor em uma escola de culinária. Um dia, seu aluno Tashiro diz algo estranho durante a aula: ele escuta um som, uma espécie de sino, como se alguém estivesse lhe enviando uma mensagem. Num outro dia, Tashiro anuncia que metade de seu cérebro foi substituído por uma máquina e, para provar isso, ele comete um gesto brutal.
Alguns dias depois, uma aluna, Akemi, fica desconfortável diante de um frango inteiro que precisa ser preparado e que resultará numa cena assombrosa. Ao mesmo tempo, o professor passa por uma entrevista, sondado para ser chef de um restaurante. Porém, seu egocentrismo faz com que o dono do restaurante o rejeite para o cargo. E assim, o horror começa a se infiltrar na vida de Matsuoka – tanto no trabalho quanto na sua família. Que é estranha, muito estranha.
É um filme tão bonito (!) quanto impactante e imprevisível, e que coloca o espectador dentro de um vertiginoso enigma. Verdadeiro sinal dos tempos.