Especial 'Clássicos ao Ar Livre' com sessão na área externa Teatro Calil Haddad.
26/11/2022 (SAB)
20h
Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes - 2.500
Área externa
Gratuito
14 anos
Secretaria de Cultura
Filme: O Poderoso Chefão
EUA/1972 – 177min.
Direção: Francis Ford Coppola
Elenco: Marlon Brando, Al Pacino, Robert Duvall, Diane Keaton, James Caan e John Cazale
Realização: Secretaria de Cultura de Maringá
Coordenação e Curadoria: Paulo Campagnolo
Confira a resenha do filme O Poderoso Chefão, por Paulo Campagnolo:
A mítica em torno do clássico americano, que completou 50 anos este ano, é imensa – o que o faz ser considerado, principalmente pelos americanos, como o maior filme de todos os tempos. Exageros à parte, é um trabalho seminal dentro daquilo que se convencionou chamar de Nova Hollywood, com Scorsese, Friedkin, Cassavetes, Altman, Michael Cimino e Coppola à frente. Baseado no romance de Mario Puzzo, também aqui as histórias de bastidores renderiam um belíssimo filme – como, por exemplo, a produção não querendo de jeito nenhum o Al Pacino no elenco, e o próprio teste surpresa que Marlon Brando fez para conseguir o papel. Ele é Vito Corleone, o patriarca de uma família mafiosa e que espera que seu filho mais novo, Michael (Pacino) o substitua no comando dos “negócios” familiares. Se em princípio Michael não deseja utilizar-se dos mesmos métodos que o pai, eventos trágicos o motivarão a se tornar um chefe implacável.
À parte uma certa glamorização do gangsterismo e também uma “certa” inspiração para o chamado imperialismo americano (afinal o Chefão está a serviço de proteger a propriedade, os privilégios e o poder das “elites” – ou seja, dos ricaços – dominantes e de seus aliados), o filme é abusadamente operístico, conduzido com vigor por Coppola, com a famosa trilha do italiano Nino Rota e um “bando” de atores de tirar o fôlego. Indicado em 10 categorias no Oscar 1973, levou 3 prêmios: Melhor filme, melhor roteiro adaptado e Melhor Ator para Brando (prêmio que ele recusou). Mas ele é simplesmente impressionante.